são de certidões para compra de imóveis gera questionamentos

Emissão de certidões para compra de imóveis gera questionamentos A emissão de certidões pedidas na compra de um imóvel será unificada num único cartório. É o que estabelece a Lei 13.097/2015. Antes, no entanto, os registros e averbações relativos a atos jurídicos anteriores a essa norma e referentes ao antigo e ao novo proprietários deverão ser atualizados, e devidamente ajustados, possibilitando a aplicação da lei. Os cartórios terão, ao todo, dois anos para se adequarem às normas. Esse prazo, segundo a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), é necessário para evitar riscos em termos de responsabilidade civil, e sanar dúvidas que poderão surgir na transação. A lei, no entanto, não oferece garantias ao comprador, segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ), Manoel da Silveira Maia, ressaltando que o barato, muitas vezes, sai caro. - Se quiser se prevenir, o comprador precisa continuar tirando todas as certidões pedidas hoje, já que só a de ônus reais não irá oferecer nenhuma segurança jurídica a ele - afirma. Cada jogo de certidões custa de R$ 800 a mil reais por cada proprietário, segundo Manoel da Silveira. Isso significa que, se o imóvel estiver no nome de um casal, os valores serão multiplicados por dois. Mesmo saindo bem mais caro, o procedimento ainda é o mais indicado. - Embora exista a lei que desobriga a emissão de várias certidões, esse é um jeito de a pessoa se calçar contra imprevistos - acrescenta. 'Registro pode mudar' Segundo o advogado Sérgio Murilo Herrera Simões, assessor jurídico da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário (Abami), mesmo hoje, a insegurança já se verifica, porque os registros públicos gozam de relatividade. Ou seja, o que consta num registro não é absoluto ou imutável. - Todo registro pode mudar. Essa instabilidade já se verifica hoje, por conta desse princípio. Por isso, para realizar um negócio jurídico, o melhor é procurar um profissional de Direito. Mesmo com o registro único, nada impede que a pessoa que vai comprar um imóvel busque informações em outros locais - afirma Simões. A Anoreg reforça que as inovações são importantes. E acrescenta que os notários e registradores estão preparados para acompanhar a modernização e para prestar um serviço cada vez mais ágil à população. "A entidade nacional ressalta que contribui constantemente com a adoção de medidas que buscam a evolução da economia brasileira", informa a associação, em nota. (Extra) < Voltar