Engenheiros indicam os cuidados necessários para quem tem aquecedor a gás
Nesta semana, uma família foi encontrada morta dentro do apartamento, em Santo André, no ABC Paulista. Um casal e seus dois filhos não resistiram. A principal suspeita é que eles morreram por intoxicação proveniente de aquecedor a gás. Os acidentes alertam para o perigo do aparelho em casa. Pensando nisso, especialistas explicam como se prevenir.
De acordo com o engenheiro e diretor da Delphi, empresa especializada em Autovistoria predial e Segurança do Trabalho, David Gurevitz, os erros mais comuns são apartamentos sem chaminé, que foi o caso da família paulista, ou instalação sem ventilação adequada, além de portas e janelas sem saída de ar. Um exemplo de erro frequente dos moradores é a instalação do equipamento no banheiro.
“Com isso, os moradores podem se intoxicar com o próprio gás mal queimado e acúmulo de monóxido de carbono, um gás tóxico que não tem cor, cheiro e é difícil percebê-lo. Sua inalação pode ser fatal. A falta de ventilação e má instalação são as principais causas de acidentes com aquecedor de gás”, afirma Gurevitz.
O ideal é que a instalação seja feita na área de serviço, por ser considerada a região com maior ventilação na casa. Mas caso o morador não tenha espaço na sua residência, é importante saber que a localização do aquecedor deve ter no mínimo duas aberturas situadas nas suas extremidades. “Sendo que as duas devem ter saída da projeção horizontal da edificação, em local seguro e protegido contra a entrada de água, animais e outros objetos estranhos”, explica Fernando Tillvitz, engenheiro da GM Engenharia.
É necessário atenção ao tempo útil do equipamento e coloração
Opcionalmente, pode ser previsto dispositivo ou sistema que garanta a exaustão de gás eventualmente vazado. “Nos casos em que não for possível a extremidade inferior estar fora da projeção horizontal, possuir abertura captada de algum ambiente permanentemente ventilado”, afirma o engenheiro Tillvitz.
Outro ponto importante é que o morador deve ficar atento ao tempo útil do equipamento e se a chama do aquecedor é azul. Se estiver com outra coloração, o aquecedor pode estar com algum problema.
Para os especialistas, é papel do síndico alertar e realizar reuniões para discutir o tema entre os moradores. “O síndico deve alertar os moradores em assembleia sobre a importância da manutenção do equipamento. E também alertá-los sobre a inspeção de gás obrigatória a cada cinco anos”, afirma David Gurevitz.
Para Tillvitz, o ideal é que o síndico promova sempre uma vistoria periódica, contratando uma empresa habilitada no tema para realizar a inspeção.
Além disso, os especialistas alertam que os moradores precisam também providenciar instalações de gás com profissionais especializados, e fazer revisão nos aquecedores e nos fogões, uma vez por ano.
FONTE: Meia Hora, Imóveis
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