Preços de imóveis no Centro voltam ao patamar de 2012
Em 2013, a economia brasileira crescia 2,3%, o terceiro melhor resultado do mundo, atrás apenas da expansão de 7,7% da China e de 2,8% da Coreia do Sul. O crédito farto, o emprego em alta e um cenário positivo de investimentos em infraestrutura por conta dos grandes eventos esportivos de 2014 e 2016 levaram o mercado imobiliário carioca a alcançar preços bastante altos naquele período. Cinco anos depois, com a crise política e econômica, os preços voltam ao patamar de 2012.
O panorama foi apresentado nesta quarta-feira, 23 de maio, durante palestra do vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, no WeWork, que mostrou os dados do
Cenário do Mercado Imobiliário da Zona Central do Rio. “Em maio deste ano, o preço médio da locação de salas comerciais na região central da cidade ficou em R$ 39,64, abaixo dos R$ 55,37 de janeiro de 2012. No segmento de venda, maio teve média de R$ 6.714 o metro quadrado, resultado próximo aos R$ 6.681 de novembro de 2012”, afirmou o executivo.
No segmento residencial, a dinâmica foi bastante parecida: o preço atual do metro quadrado de venda de apartamentos, de R$ 6.885, se aproxima do praticado há cinco anos, R$ 6.361. Para a pesquisa, o Secovi Rio analisou sete dos 11 bairros que compõem a zona central. Toda a região conta com cerca de 200 mil habitantes.
No evento, que contou com o apoio da SiiLa Brasil, Schneider reforçou que a atual conjuntura, de altas taxas de desemprego, aumento da violência e a crise nos governos estadual e municipal contribuem para a queda nos preços praticados no Centro, somados ao aumento bastante expressivo da oferta de imóveis comerciais e residenciais nos últimos anos.
Com a queda nos preços, o cenário pode ser considerado positivo porque facilita as negociações entre prováveis inquilinos e compradores e os proprietários dos imóveis, o que vai aumentando, aos poucos, a ocupação da área, especialmente do Porto, onde a taxa de vacância alcançou o expressivo índice de 77%.
“As expectativas são positivas. Estamos vendo uma recuperação do setor de óleo e gás, temos também a expectativa das eleições e de novo governo estadual que possa gerar mais desenvolvimento, sem falar na intervenção federal na segurança pública e no aumento do crédito, que podem dar um alívio à população e um crescimento do mercado imobiliário”, completou o vice-presidente do Secovi Rio.
Falando do segmento de alto padrão, Murilo Marcacini, executivo de vendas da SiiLA Brasil, revelou que 45% dos imóveis existentes na cidade com este perfil estão no Centro. A redução na taxa de vacância é outro dado que tem animado os investidores: no último quadrimestre de 2017, chegava a 85%, enquanto no primeiro quadrimestre deste ano está em 66%.
Fonte: Secovi Rio
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