Vizinhos ajudam-se com troca e venda de itens
Aproximação de comunidade beneficia quem precisa de auxílio
A recomendação de isolamento social afastou amigos e parentes que moram distantes, porém proporcionou a proximidade de vizinhos. Com mais tempo e necessidades, condôminos e moradores unem-se para enfrentar a crise em várias cidades do Brasil.
Um exemplo é o que acontece em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Moradores decidiram vender produtos e fazer serviços para os vizinhos. O bistrô que costuma vender lanches e alguns itens básicos de mercearia, agora, expõe os produtos e divulga trabalhos locais.
– Nós não cobramos nada para expor os produtos dos moradores. Tem artesanato, máscaras de pano, livros, comida e também serviços, que a gente divulga. Nos elevadores e no aplicativo do condomínio também são feitas as propagandas do que os condôminos estão fazendo. Todo mundo acaba ganhando – declarou a funcionária Joyce.
A autônoma Teresa Maciel vende doces e viu a possibilidade de ajudar os moradores realizando entregas. Afirmou ainda que a união vai além.
– A gente tem que se ajudar. Eu faço bolos, por exemplo, e estou vendendo aqui. É bom para conseguir uma renda extra, que preciso. Mas o mais importante é ajudar quem está precisando mais. Uma idosa que precisa fazer compras, alguém que está em falta de um alimento eu vou lá e dou, ou alguém que precisa que cuide das crianças. Minha vizinha da frente está saindo para trabalhar, aí eu ajudo com a filha dela, por exemplo – declarou.
CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA
Além das informações passadas pelos avisos do condomínio ou pelo boca a boca, aplicativos também crescem com o intuito de melhorar a comunicação entre vizinhos. O carioca Guilherme Martins precisava de um ferro de passar emprestado depois do dele ter quebrado. Ele então usou o aplicativo chamado
Tem Açúcar? e resolveu a questão.
APOIO A PESSOAS COM COVID-19
A síndica Aline Gama conta que a união entre os moradores é incentivada para melhorar a vida em comunidade. Afirma que os funcionários foram orientados de forma diferenciada para proceder com pessoas que foram diagnosticadas com o novo coronavírus.
– Tivemos um casal que ficou isolado em casa depois do marido testar positivo. Então, fizemos um esquema diferente de retirada de lixo e abastecimento de alimentos para o casal. Eles evitaram passar pelas áreas comuns do prédio e puderam voltar às atividades normais depois de se curarem – relata.
O condomínio repetiu o que foi feito em outros prédios da sua região, como os condomínios Green Coast e West Coast e que são exemplos de outras cidades brasileiras. Baseado nos exemplos dessas comunidades, confira maneiras que vizinhos podem se apoiar durante a crise.
-Compra e venda de produtos feitos pelos moradores;
-Prestar serviços aos vizinhos, como consertos domésticos, faxina ou cuidar de crianças e idosos;
-Oferecer alimentos ou refeições para quem está com falta de suprimentos em casa;
-Aulas particulares para quem está com dificuldades de acompanhar conteúdo de aulas online;
-Oferecer uso do computador e internet para quem não possui em casa;
-Fazer compras e outros serviços na rua para pessoas do grupo de risco.
Fonte: Pleno News
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