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Opção sustentável para os imóveis
Em tempos de aumento nos impostos e racionamento de recursos naturais, uma técnica de arquitetura pode ser uma boa alternativa para quem procura sustentabilidade nos imóveis. Apesar de ainda ser um mercado em fase inicial no País, a implantação de telhados verdes em casas e prédios têm sido crescente no Brasil. Em Niterói já é possível encontrar serviços e até empreendimentos com a estrutura.
Uma das grandes vantagens do telhado verde é a capacidade de não transferir para o interior dos ambientes a irradiação solar, proporcionando conforto térmico. Isso faz com que no verão o interior dos ambientes não aqueçam e no inverno o ar quente gerado no interior não seja trocado, muitas vezes dispensando o uso de aparelhos de ar condicionado, explica o engenheiro civil Paulo Renato Machado Guimarães, da empresa Ecotelhado.
"Hoje em várias grandes cidades do Brasil já existem leis específicas que preveem e estimulam a utilização do telhado verde, sendo a cidade do Rio de Janeiro uma delas. É um processo de crescimento gradual e constante da conscientização da população", afirma o engenheiro.
Segundo Paulo Renato, uma cobertura vegetal bem feita não deve receber grandes camadas de terra, para não tirar a oxigenação das raízes, possuir um peso específico para as lajes e fundações e utilizar sistemas com retenção de água.
"O cuidado de uma cobertura verde varia conforme as plantas que se utiliza. O custo em média de um telhado verde, com mão de obra e material, fica em torno de R$ 180 por metro quadrado, valor que varia de acordo com o sistema e a vegetação escolhida", afirma o engenheiro.
Além de benefícios para os moradores, como diminuição no consumo de energia e embelezamento das edificações, a estrutura também contribui para diminuição de problemas típicos dos centro urbanos, como enchentes e ilhas de calor, como explica a arquiteta e urbanista Camille Kurowsky da empresa Teto Verde.
"É possível aplicar em diversas coberturas, no entanto, existem 2 tipos diferentes. O intensivo, com espessura mediana de 15cm a 60cm, vegetação arbustiva e até árvores, que exige manutenção maior e é mais pesado, podendo chegar a 600Kg/m2 quando encharcado. E o extensivo, com espessura rasa de 5cm a 15cm, vegetação rasteira, de fácil manutenção e consequentemente mais leve, sendo o mais utilizado e recomendado para construções já existentes", ensina a arquiteta.
Seguno Camille, a estrutura possui a capacidade de reduzir a temperatura local dos centros urbanos; aumentar o conteúdo de oxigênio e umidade do ar; diminuir a poluição sonora; absorver poeiras e poluentes, além de ser um excelente filtro natural para captação de água da chuva.
"Muito importante procurar profissionais com experiência no assunto. Além de ter conhecimentos técnicos em arquitetura ou engenharia, é preciso conhecimento sobre a técnica em si e um pouco sobre paisagismo para realizar um serviço de qualidade. Já existem algumas empresas especializadas oferecendo este serviço em Niterói", ressalta a arquiteta.
A João Fortes Niterói já oferece uma opção para quem quer morar em prédio, mas contar com a sustentabilidade do telhado verde. O Principado Fróes Residencial, na Estrada Leopoldo Fróes, além do teto sustentável, terá apenas 25 apartamentos. De acordo com Ana Alho, gerente de produto da construtora, o empreendimento está situado em um contexto que combina esse tipo de estrutura.
"Para manter o equilíbrio e causar o menor impacto possível na paisagem, optamos por usar o jardim nos terraços, considerando também que esse foi um pedido da própria Secretaria de Urbanismo de Niterói. Além disso, o telhado verde embeleza a edificação, atrai pássaros e borboletas e contribui no isolamento acústico da edificação", conclui a gerente.
(O Fluminense)
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