Reajuste do piso salarial para o estado do Rio é debatido na Alerj
O Projeto de Lei nº 3.767/2018, que institui pisos salariais no Estado do Rio para trabalhadores da iniciativa privada que não contam com os valores definidos em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, foi analisado nesta quarta-feira (7/2), em segunda discussão, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). Foram apresentadas 125 emendas, grande parte delas sugerindo um reajuste maior que os 2,52% definidos pelo PL. O Secovi Rio entende que no momento atual, por conta da grave crise econômica que o estado atravessa, com fechamento de milhares de empresas, é temerário aprovar um aumento do piso superior ao proposto no texto original.
O Sindicato encaminhou ofício com seu posicionamento, enumerando diversas razões para que o aumento salarial não seja superior ao descrito no texto do PL. A primeira delas é que o debate sobre um assunto tão relevante praticamente excluiu a sociedade.
O documento reforça que as empresas continuam sentindo o impacto da crise e muitas delas não veem outra alternativa senão encerrarem suas atividades. “No primeiro semestre (de 2017), 8.151 empresas fecharam as portas no Estado do Rio, em setores como comércio e indústria. É um aumento de 38% na comparação com igual período de 2016 e patamar equivalente ao de todo o ano de 2014, quando 8.296 estabelecimentos encerraram as atividades”, diz o ofício citando uma reportagem do Jornal O Globo.
“Este é o momento de o parlamentar se alinhar aos interesses da sociedade fluminense. Está na hora de apoiar a retomada do crescimento e avançar junto com o empresariado e os trabalhadores. Neste momento, não cabe defender interesses individuais e reforçar uma suposta oposição entre empresários e trabalhadores. Assim sendo, o Secovi Rio propõe a manutenção do reajuste do piso salarial nos termos do Projeto de Lei nº 3.764/2018 encaminhado pelo Poder Executivo”, ratifica o texto.
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