Pesquisa revela o lado bom e o lado ruim de ser síndico

Pesquisa realizada por startup da área de condomínios, identificou as principais angústias, dificuldades, satisfações e expectativas dos síndicos.
O levantamento qualitativo ouviu 15 síndicos com idade entre 32 e 73 anos, de diferentes perfis de condomínios localizados na cidade de São Paulo - com valores de mensalidade que variam de R$ 540 a R$ 2.100 - ao longo de 30 horas de entrevistas.
A pesquisa constatou três principais motivos que os levaram a se tornar síndicos e participar da gestão do condomínio em que viviam: a preocupação com a degradação do valor do patrimônio, a necessidade de empreender ou viabilizar um plano B para a carreira profissional e a necessidade de um novo emprego ou complementação de renda em meio à crise.
Dentre os desafios que enfrentam, o estudo destacou o baixo engajamento dos moradores, a falta de apoio e segurança na previsibilidade de manutenção dos prédios, o fato de o mercado estar bastante pulverizado com muita oferta de cursos e capacitação, a baixa qualificação de mão de obra predial e resistência à tecnologia em condomínios com moradores não digitais.
Os entrevistados afirmaram que se sentem pressionados a modernizarem os serviços e as instalações, mas sentem necessidade de um apoio na curadoria de fornecedores, pois se deparam com uma ampla oferta de aplicativos, serviços e novas ferramentas.
Quando questionados sobre a relevância de um auxílio especializado, os síndicos endossam a importância de contar com uma administradora transparente que simplifica a prestação de contas e apoia o síndico na gestão de fornecedores, integração de serviços e tecnologia. Em geral, os síndicos disseram que se houvesse uma gestão de condomínio mais eficiente, seria possível economizar o equivalente ou mais do que o valor de um boleto mensal.
Dentre os entrevistados revelou-se que raros são os síndicos não profissionais que conseguem dedicar-se à função em tempo integral. Para a maioria, ser síndico é uma camada de suas realidades e que precisa ser encaixada aos outros afazeres. Cerca de 50% dos entrevistados afirmam que se houvesse maior reconhecimento e valorização sobre a função de síndico, fariam disso sua profissão principal. Os síndicos profissionais entrevistados, cerca de 40% da amostra, contam que o trabalho traz uma qualidade de vida melhor com possibilidade de trabalho remoto, administrar cronogramas e horários quando mais conveniente, não possuir chefe e poder otimizar partes da função com as tecnologias.
Estima-se que existam cerca de 30 mil condomínios na cidade de São Paulo, segundo levantamento do Secovi-SP. Dos cerca de 420 mil síndicos que existem no Brasil, 22 mil são considerados profissionais, com certificação e contratados como prestadores de serviços de um condomínio, de acordo com a ABRASSP (Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais).
Via Revista Área Comum
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