ABADI orienta condomínios sobre a crise da água no Rio de Janeiro
A água com coloração, gosto e cheiro fortes está deixando síndicos e condôminos sem saber o que fazer. O problema vem acontecendo desde o dia 03 de janeiro e diante da crise, a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI) vem sendo procurada em busca de orientações sobre que destino dar à água armazenada.
Marcelo Borges, diretor de Condomínio e Locação da Associação orienta que tudo seja feito com bastante cautela, afinal a água é um componente significativo no orçamento do condomínio – perde apenas para a folha de pagamento.
“Desde que a CEDAE confirmou o problema e a presença de Geosmina na água, muitos síndicos e condôminos ficaram preocupados. A orientação que estamos dando aos condomínios é ter cautela nesse momento, não tomar nenhuma medida drástica de esvaziar as caixas d’água e enchê-las, pois, por enquanto, não há notícia de que a água que vai encher as caixas novamente vai ter os mesmos níveis da que era fornecida anterior à crise”, comenta Marcelo.
Mas, para evitar o desperdício da água já armazenada, o ideal é que o condomínio a utilize para fazer a limpeza das áreas comuns.
“É importante ir utilizando essa água. A previsão é que aos poucos essa situação seja normalizada, mas cada região demanda um tempo diferente e para saber quando a água voltará ao seu estado normal precisa haver essa renovação nas caixas d’água. O síndico deve monitorar toda essa situação, estar em contato com a CEDAE e manter a comunicação com os condôminos”, destaca Borges.
A crise da água afeta, também, o orçamento do condomínio. Segundo Marcelo Borges, alguns condomínios estão adquirindo água mineral de outros fornecedores para abastecer o consumo humano.
“Tudo isso acaba onerando o orçamento do condomínio, pois além de comprar essa água, o condomínio está pagando, também, a conta da CEDAE. Ou seja, está pagando duplamente pelo mesmo serviço. Então há sim uma oneração que poderá ser trabalhada administrativamente ou judicialmente com uma eventual indenização por parte de quem deu causa a esse prejuízo, no caso a concessionária pública em virtude do problema na qualidade da água”, completa o diretor da ABADI.
Em nota, a CEDAE afirma que foi detectada a presença da substância Geosmina na água fornecida, mas que isso não representa nenhum risco à saúde dos consumidores. Apesar de todos os testes realizados pela concessionária nos últimos dias terem apontado que a água fornecida está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde e própria para o consumo, a companhia adotará, em caráter permanente, a aplicação de carvão ativado pulverizado no início do tratamento. Isso será feito para reter a Geosmina caso esse fenômeno volte a ocorrer.
Fonte: ABADI
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