Atenção com a manutenção e instalação dos aparelhos de ar-condicionados

Verão, calor, os moradores começam a se preocupar em resfriar o ambiente. O alerta vermelho acende quando o assunto é a instalação e manutenção de aparelhos de ar-condicionado e split.   Normas de segurança devem ser obedecidas, como a NBR 16280/2014, Norma de Reformas das Edificações, conforme orienta o engenheiro civil Alexandre de Novaes: “Toda obra está embasada por estudo prévio. É preciso ter respaldo profissional para mexer na estrutura predial. Não pode furar viga nem pilares e, para condomínios antigos, o ideal é que seja feito um projeto de retrofit para rever a tubulação e instalações elétricas e demarcar os locais de instalação”, explica.   No Condomínio Solar das Orquídeas, no bairro Coqueiros, em Florianópolis, o síndico Willian Savi conta que, após ler matérias com alertas e cuidados para instalações e manutenções de ar- condicionado, implementou algumas regras de segurança. Para realizar a instalação do aparelho, o morador precisa ter autorização do síndico obtida mediante apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART da empresa que fará o serviço. “Dessa forma evitamos fatalidades e também protegemos o condomínio de responder civil ou criminalmente por algum dano”, diz.   Instalação   Para instalar o aparelho é necessário observar alguns itens fundamentais e um deles é a potência compatível da rede elétrica. O técnico em Climatização e Refrigeração, Paulo Cerafim, explica que o ar- condicionado deve ter ponto elétrico exclusivo. “O aparelho não pode compartilhar tomada com TV ou qualquer outro equipamento, pois pode danificar o produto, ou mesmo causar curtos-circuitos e incêndios”, alerta. Além disso, a rede elétrica do condomínio precisa suportar a voltagem. Essa análise, realizada por um profissional habilitado, irá evitar possível sobrecarga das instalações no edifício.   A escolha do local externo para a instalação do condensador é um ponto analisado cada vez com mais critério pelos condôminos a fim de aprovar um projeto que valorize a estética da fachada do prédio. O arquiteto André Lucas Chambarelli, de Florianópolis, explica que este equipamento não pode ficar confinado. “A função do condensador é expelir o ar quente e não pode ficar em espaço fechado, se não superaquece”, explica.   Chambarelli recomenda caixa protetora para garantir o padrão estético do condomínio: “cada morador pode comprar um equipamento diferente, tamanhos variáveis e tipos. Com essa caixa o aparelho fica protegido e a visualização fica padronizada”.   Economia   A recomendação aos condomínios é programar as instalações e manutenções no inverno, período em que este serviço é oferecido por melhor preço, conforme orienta o técnico Paulo Cerafim. “Os moradores já estão percebendo que se preparar antes é mais viável. Instalações nesta época são mais caras, porque a demanda é grande”, diz.   Outro quesito aconselhado por especialistas é a preferência por equipamentos de tecnologia “inverter”. Cerafim explica que este componente reduz o consumo de energia, pois tem uma velocidade variável dos compressores, fornecendo uma quantidade precisa de energia para resfriar o ambiente, de acordo com a necessidade. “Neste tipo de aparelho o compressor não tem que parar e recomeçar para manter a temperatura desejada. Se instalado corretamente, o morador pode perceber até 60% de economia no consumo de energia elétrica”, conclui.   Sobrecarga de energia   Uma questão de segurança básica é a sobrecarga com a instalação do aparelho de ar-condicionado em apartamentos nos edifícios mais antigos, cuja fiação de energia pode não aguentar a carga do equipamento. Nesse caso, a inadequação da potência elétrica do imóvel em relação à potência elétrica do aparelho de ar-condicionado pode gerar superaquecimento dos fios, o que pode acarretar em curtos-circuitos e até incêndios. O problema também pode ser gerado pela utilização concentrada em horários de pico.   Por isso, nos casos de condomínios antigos, o ideal é que um engenheiro elétrico seja contratado para determinar se a rede suporta o acréscimo de carga sem comprometer a segurança dos moradores nem o centro de medição de acordo com a entrada de energia aprovada pela concessionária.   Fonte: Condomínios SC < Voltar